domingo, 4 de outubro de 2009

Richard Ramirez

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Nascido no ano de 1960 em El Paso, Texas (E.E.U.U.). Vivia com seus pais e seis irmãos. Como vários outros “serial killers”, os seus crimes começaram cedo (quando ele tinha em torno de 9 anos) e eles iam desde abuso de drogas à assaltos à mão armada.
Iniciou cedo o uso de maconha e os furtos, sendo capturado algumas vezes.
Tinha um primo, “Mike” (Miguel Valles), que voltou da Guerra do Vietnã, e mostrava-lhe fotos dele torturando inimigos, ou de mulheres que estuprou, ou mesmo de pessoas que matou, dizendo que isso o fazia como um Deus. Mike também o ensinava a caçar. Um dia, Richard tinha 13 anos, a esposa deste primo começou a reclamar dele, Mike, que ele deveria arrumar um emprego etc. Mike pegou sua arma e deu um tiro nela, no rosto, e ela morreu. Richard disse, depois, ter provado o sangue dela, e que sentiu uma conexão quase mística com esse crime. (Mike teria se matado algum tempo depois.)
Sua mãe o colocou no catecismo. Depois das aulas, ia pesquisar sobre o Diabo. Desenhava o pentagrama no corpo.
Aos 18 anos, Ramirez foi para a Califórnia, com seus dentes podres – diz-se que deixou apodrecerem por provocação.
Lá, começou a roubar coisas maiores, foi preso duas vezes por roubo de carros, outras por posse de maconha. Também usava cocaína e bebia com freqüência.
O álbum “Highway to Hell”, da banda de rock australiana AC/DC, era o seu favorito. A música “Night Prowler” fala de um invasor noturno, que fica na sombra.
Ele era claramente um adolescente perturbado, mas não ficava claro o que tanto o perturbava. Quando estava com 23 anos às vezes morava nas ruas ou em motéis baratos de Los Angeles e continuava roubando. No entanto, ele havia começado a roubar coisas maiores como carros. Era dito que Ramirez afirmava que Satã o protegeria das leis e de qualquer dano, assegurando que ele não seria pego. Também é dito que Ramirez não tinha uma verdadeira devoção ao demônio.
Ramirez era diferente de qualquer “serial killer” já estudado. Era difícil categorizá-lo porque muitos de seus crimes eram de naturezas distintas; ele variava seus métodos vastamente várias vezes. A escolha de sua vítimas não era específica ou particular (ele não era como um Bundy em que todas as suas vítimas tinham cabelo escuro e comprido partido ao meio ou Gacy que sempre escolhia jovens rapazes). As vítimas de Ramirez incluíam o idoso, o jovem, o homem e a mulher. Ele deixava alguns viverem, mas matava muitos. Ele atirava em suas vítimas, as esfaqueava. As vezes ele se descuidava ao cometer seus crimes, como quando ele deixou um boné na casa de uma vítima. Outras vezes era mais cuidadoso. As vezes roubava de suas vítimas, outras vezes não. Devido à essas variações consistentes, a polícia levou um certo tempo para se dar conta de que se tratava de um “serial killer”. Ele matou vários em um curto espaço de tempo o que faz com que ele se sobressaia. As pessoas costumam olhar o número de vítimas mortas e não para o tempo em que os crimes foram cometidos. Ramirez matava em uma velocidade alarmante, até mesmo para os padrões de “serial killers”.

Crimes e vítimas

Los Angeles. 28 de junho de 1984. Jennie Wincow. 79 anos. Estuprada, espancada, assassinada, quase degolada. Roubou alguns objetos.
A imprensa o apelidou de “Night Stalker” (ou “Midnight S.”).
(San Francisco. 20 de março. Duas irmãs, de 70 e 50 anos, assassinadas, com facadas. Pode ter sido crime dele.)
17 de março de 1985. Maria Hernandez estaciona seu carro na garagem. Ele sai de trás de uma pilastra, todo vestido em preto, armado, e atira. Ela cai. Ele segue em direção ao condomínio dela. Mas a bala havia batido nas chaves que ela tinha nas mãos, e não causou-lhe mais que uma pequena lesão. Contudo, o tiro dado à queima-roupa na cabeça de Dayle Okasaki, 33 anos, poucos segundos depois, foi fatal. Na mesma noite, em outro local, atirou várias vezes na chinesa Tsai-Lian Yu, de 30 anos, que foi encontrada ainda viva, mas morreu pouco depois.
20 de março. Mata uma criança de 8 anos.
27 de março. O casal Zazzara tem sua casa invadida, enquanto dormem. Assassinados. Ele, rapidamente, com tiro. Ela foi mais agredida, após a morte. Seus olhos foram arrancados. No seio esquerdo, um “T” feito à faca. E muito mais lesões no rosto, pescoço, barriga, região genital. Ele, 64 anos, tinha uma pizzaria. Ela, 44, era advogada. Objetos foram levados da casa.
14 de maio. A casa de mais um casal, de idosos, é invadida. Sr. e sra. Wu foram mortos. Ele, com tiro na cabeça (não morreu na hora, só depois). Ela apanhou. O invasor pediu dinheiro. Depois estuprou a mulher de 63 anos. E foi embora.
29 de maio. A casa de uma senhora de 83 anos, que cuida da sua irmã de 80 anos, inválida, é invadida. Um martelo faz o trabalho assassino. Na coxa de uma, um pentagrama desenhado com um batom. Tentou estuprar a mais velha. Ela morreu. A “mais nova” foi encontrada ainda viva.
30 de maio. Entrou na casa de Ruth Wilson, de 41 anos. Pegou seu filho de 12 anos como refém e pediu dinheiro. Ela entregou-lhe uma jóia de valor – um colar de ouro e diamantes. Então ele trancou o garoto, imobilizou a mulher e a estuprou e sodomizou. Não a matou. Até mesmo afrouxou as amarras no punho dela, ao ver que estavam muito apertadas, e a cobriu com uma peça de roupa antes de liberar seu filho do closet e deixar os dois amarrados juntos, antes de partir.
27 de junho. Estuprou uma garota de seis anos. Nas semanas seguintes, várias pessoas foram atacadas. Muitas, idosas. Com uma, tentou o estupro e a sodomia, mas não teve ereção. Ficou nervoso, gritou, mas a deixou viva.
As descrições dos sobreviventes destes ataques eram semelhantes: um homem hispânico, alto, cabelo um pouco grande, vestido de preto.
Em agosto, deixou escrito, com batom, “Kack The Knife”, em uma casa (além do pentagrama). Descobriu-se posteriormente que a expressão veio de uma música, “The Ripper”, da banda Judas Priest. A mulher, apesar do tiro na cabeça, sobreviveu, inválida. Seu marido, do curioso nome Peter Pan, morreu.

Retrato Falado

richard_ramirez_horns.jpgUm homem, dono de hotel, foi à polícia dizendo que conhecia alguém que correspondia às descrições. No último quarto que ele ficou, um pentagrama desenhado.
Ele continuava a agir. Em um ataque, em 24 de agosto, estuprou duas vezes a mulher, e ordenou que ela jurasse que amava Satã, várias vezes. Depois, ainda a forçou a fazer sexo oral nele, coisa que ele vinha repetindo nos últimos ataques. Foi embora e não atirou nela, ao contrário do que fez com seu noivo. A placa do carro em que ele fugiu foi anotada. A polícia descobriu ser roubado, e o localizou e passou a vigiar. Mas o assassino não voltou a utilizá-lo. Mas uma boa impressão digital foi encontrada no carro. Descobriu-se que pertencia a Ricardo “Richard” Ramirez. Sua foto foi publicada em jornais.
Finalmente Ramirez foi capturado, no final do mês. Tentando roubar um carro, o dono entrou em luta com ele. Ele tentou roubar outro, na mesma vizinhança, e na confusão armada, vizinhos aparecendo, ele foi reconhecido e a polícia foi chamada. Ramirez tenta fugir, correndo, mas os homens saem atrás dele. Nisso, ele pára. Eles também param, perto dele. Ramirez mostra a língua para eles. E sai correndo novamente…
No quarteirão seguinte, enfim eles o pegam. Pouco depois, a polícia chega.

Identificação criminal

Foi acusado, inicialmente, de 15 mortes. Além de tantos outros crimes.
Muitos advogados públicos recusaram o caso. Sua família contratou dois para o defender. Logo no começo da preparação para o julgamento, em 87, ele levanta sua mão em uma audiência e solta um “Hail, Satã!”

Saudando Satã

richardramirez1.gifMuitas mulheres compareciam e queriam vê-lo, achando-o bonito. Muitas outras diziam acreditar na sua inocência. Os advogados faziam inúmeras manobras legais para adiar o julgamento. Enquanto isso, Ramirez ficava tamborilando na mesa e balançando a cabeça, como se ouvisse seus rocks, ainda preferindo vestir-se de preto.
O juiz resolveu finalmente começar, em julho de 88, apesar dos apelos dos advogados. A previsão era de que o julgamento pudesse durar mais de um ano! Para achar 12 jurados aptos a isto, centenas de pessoas tiveram que ser entrevistadas, e isto levou mais um bom tempo. Enquanto isto, Ramirez passou a usar óculos escuros. Seu cabelo estava maior.
Janeiro de 1989: Finalmente a acusação começa. Isso dura meses. Descobre-se que Ramirez, na época dos crimes, talvez estivesse tentando ficar mais bonito: esteve fazendo tratamento dentário. Garotas de preto apareciam todos os dias na corte.
Os jurados levaram dois meses deliberando. Neste tempo, uma foi assassinada – pelo namorado, que suicidou em seguida. Quando foi anunciar-se a decisão, Ramirez saiu de sua cela, fez o tradicional gesto com os dedos indicador e mínimo e disse: “Mal!”. E disse não ter medo da morte. “Estarei no Inferno. Com Satã!”. E, realmente, a pena foi esta, anunciada em novembro (19 condenações à morte, na realidade).
Disse à corte: “Vocês não me entendem. E não espero que entendam. Vocês não são capazes disto. Estou além das experiências de vocês. Estou além do bem e do mal.” Legions of the night, night breed, repeat not the errors of night prowler and show no mercy. I will be avenged. Lucifer dwells within us all.” à ver declaracao completa no site frances
E disse aos repórteres: “Encontro vocês na Disneylândia!”
Ao chegar na prisão de San Quentin, perguntou onde estavam as mulheres. Avistou uma, fez o sinal com a mão. Ela o chamou de assassino. Ele sorriu…

Atualmente…

richard_ramirez.jpgRamirez ainda está vivo.
Uma editora de uma revista, Doreen Lioy, começou a trocar cartas com ele, e em 1996 casaram-se. Ela afirma que ele é uma pessoa encantadora, maravilhosa, e diz que irá suicidar-se quando ele for executado.
Ramirez concedeu entrevistas, e mais de 100 horas delas, concedidas a Philip Carlo, deram origem a um livro sobre ele, “The Night Stalker”. O assassino afirmou: “Nós todos temos em nossas mãos o poder para matar, mas a maioria das pessoas têm medo de usá-lo. Os que não têm, controlam a vida.”

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