quinta-feira, 8 de outubro de 2009

Cidades Abandonadas


Este post é sobre algumas cidades abandonadas, no mínimo interessantes por causa de sua história ou seu aspecto, algumas podem parecer até familiares, pois muitos desses locais foram usados como inspiração para autores e criadores.

Ao mesmo tempo, vamos relembrar o que se passou por esses locais, muitos podem abrir nossos olhos para o que diversas pessoas querem esquecer.

Comecemos, então!

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“Quando somos abandonados pelo mundo, a solidão é superável; quando somos abandonados por nós mesmos, a solidão é quase incurável- Augusto Cury

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O Memorial de um Massacre – Oradour-sur-Glane, França:

Essa pequena cidade foi palco de um massacre durante a 2ª Guerra Mundial, quando soldados alemães ocuparam a cidade e mataram um total de 624 moradores, uma espécie de “punição” por causa da resistência Francesa perante as tropas nazistas.

Homens foram levados a um celeiro, onde levaram tiros nas pernas para “morrerem mais lentamente”, enquanto que mulheres e crianças foram queimadas vivas dentro de uma igreja que lhes servia de abrigo. Depois de tal massacre, a cidade ainda foi toda saqueada e destruída. Hoje, as ruínas do local permanecem como um memorial para as vítimas do massacre e como uma lembrança do horror que foi aquele evento.

Aqueles que sobreviveram fundaram uma nova Oradour, que fica próxima à cidade original.

A Cidade Proibida – Varosha, Chipre

A placa diz “Zona Proibida” em várias línguas.

Outrora um importante ponto turístico da cidade de Famagusta, Chipre, a área de Varosha agora não passa de um local abandonado e proibido.

O bairro costeiro fora invadido pelo exército turco em 1974, obrigando todos que estavam presentes no local a fugirem. Atualmente, Varosha é zona proibida, nenhum cipriota pode adentrar no local.

Manifestações são feitas para que Varosha retorne aos gregos cipriotas, mas os turcos cipriotas não entram em acordo. E mesmo que entre, a cidade está há mais de 30 anos sem qualquer intervenção humana (A não ser por um ou outro militar turco que mora/morou por ali com familiares), o que a torna inabitável para o homem.

O estado dos prédios atualmente

Com a cidade vazia, os prédios e casas vão se decompondo aos poucos, a natureza toma conta de tudo, e a única movimentação que se vê nas praias – pelo outro lado da cerca que divide Famagusta agora (Foto da placa) – é a de tartarugas marinhas, que fizeram dali o seu lar.

Uma Cidade sem Lei – Kowloom, China

Conhecida como uma “anomalia urbanística”, Kowloon, na área da Hong-Kong, possuía aproximadamente 50.000 habitantes distribuídos numa área de 0,026km² (1.900.000 pessoas por km²). E era, oficialmente, o local mais densamente populacional do mundo.

A cidade nascera no séc XIX, durante a ocupação inglesa na China, funcionando como uma base militar, com então 700 habitantes. Num acordo que cedia Hong-Kong para os ingleses, Kowloon foi excluída da área e ficou sob domínio chinês. Mas quando a Inglaterra quebrou o acordo e invadiu a cidadela para ter toda área de Hong-Kong sob seu poder, encontrou-a completamente abandonada e deixou-a em segundo plano.

Foi só em 1940 que Kowloon voltou a ser habitada. Contando então com uma população alta, a cidadela virou ponto turístico para aqueles que queriam rever a China antiga em suas vielas, já que o comunismo avançava sobre o país. Mas durante a 2ª Guerra o Japão destruíu as muralhas e parte da cidadela, deixando-a novamente abandonada e desolada. Voltando a ser reocupada só depois da rendição dos nipônicos perante à batalha, mas agora sem suas muralhas, o que a transformou em um refúgio para bandidos e viciados. Resistiram às investidas inglesas, à polícia de Hong-Kong, que sequer podia entrar lá, e foram completamente ignorados pela China continental. Kowloon agora se tornava uma Cidadela Proíbida.

Alguns prédios de Kowloon (Foto maior),um dos corredores (Foto menor, acima) e uma “visão do céu” vista do solo da cidade (Foto menor, abaixo)

Kowloon começou a crescer de forma descontrolada. Prédios, ruas e becos começaram a se fundir, transformando-se em um enorme labirinto, totalmente sem lei. Curiosamente, a estatística de crimes era abaixo da de Hong-Kong, por não haver repressão sobre os moradores.

Finalmente, nos anos 80, a Inglaterra e a China finalmente concordaram que Kowloon não podia mais existir, por causa da falta de leis, ordem e as péssimas condições de seus habitantes. A cidade fora demolida em 1993 e seus habitantes foram movidos para outras áreas próximas. Hoje um parque ocupa o local da extinta “Cidade das Sombras”.

Kowloon Park

A Verdadeira Silent Hill – Centralia, Estados Unidos

Uma cidade enevoada, praticamente vazia, ruas fechadas e interditadas… Parece algum jogo? Algum filme? Não, está é a realidade.

Falamos de Centralia, localizada no estado da Pensilvânia – EUA.

A cidade, até então com 2.000 habitantes lá pelos anos 70, agora não passa de uma vila fantasma, habitada por nada mais do que 9 pessoas. Em 1962, uma queimada em um depósito de lixo acabou resultando em um colapso que condenou a cidade toda.

Centralia vista de cima, em 2006, parte das casas foram demolidas ou destruídas por rachaduras no solo.

O fogo atingiu uma antiga mina de carvão localizada em quase todo o subsolo de Centralia, que praticamente explodiu, levando gases tóxicos e chamas para a superfície. O controle do incêndio não durou muito, buracos foram abrindo no chão (Um deles em questão engoliu um garoto de 12 anos, que depois fora resgatado), e fumaça e gases começaram a ser expelidos desenfreadamente, obrigando a cidade a ser evacuada. Apenas alguns corajosos insistiram em ficar.

Uma das principais estradas de acesso à Centralia, atualmente interditada.

Hoje, Centralia ainda queima. Calcula-se que o carvão contido na mina – de aproximadamente 10km de extensão – queimará por 250 anos, senão mais. Casas foram demolidas, parte do acesso à cidade está interditado, o CEP e todos os imóveis de lá foram “desapropriados” (Não sei se usei o termo certo, mas, enfim…), e ruas cheias de placas avisando o “Perigo Mortal” que ronda agora as ruas de Centralia.

Uma das placas da cidade: “Aviso – Perigo. Incêndio em mina subterrânea. Andar ou dirigir nesta área pode resultar em sérios ferimentos ou morte. Presença de gases perigosos. O chão pode ceder sem aviso.”

A cidade ganhou o apelido de “The Real Silent Hill” (A Verdadeira Silent Hill) em meados de 2006, quando o roteirista do filme, Roger Avary, disse que havia se baseado nesta cidade para criar a cidade do jogo reproduzido para o cinema.

Ah, sim, Centralia também é conhecida como “A Boca do Inferno”…

O Lar do 4º Reator – Pripyat, Ucrânia.

Falarei algo horrível agora…Mas… É o caso que mais gosto!

Bem, Pripyat foi a cidade que despertou esse meu interesse em buscar cidades abandonadas!(Mentira…a 1ª cidade que eu encontrei foi Varosha XD!Mas isso não vem ao caso agora!).

Esta pequena cidade na Ucrânia era, nada mais, nada menos, do que o local onde ficava o 4º Reator da usina nuclear de Chernobyl. Exato!O mesmo reator que deu início ao pior acidente nuclear da história, em 1986.

Grafitti feito em um dos prédios de Pripyat, ao fundo, a torre do 4º Reator de Chernobyl

Desde aquele dia a cidade foi abandonada, e hoje objetos se encontram do mesmo modo como foram largados por seus donos, assim como casas, prédios e escolas. Algumas pessoas se negaram a fugir, colocando em risco sua saúde sobre uma radiação que demorará mais ou menos 900 anos para se dissipar completamente dali.

A roda gigante do parque de Pripyat, um marco do que o desastre tirou

Algumas áreas estão abertas para vistação, mas apenas pontos mais distantes da usina e com uma taxa menor de radiação.

A área também serviu de palco para um jogo.

O Fenômeno de Hydesville

O ano era 1848, o vilarejo, Hydesville, Estados Unidos. O que lá aconteceu assombrou o mundo. Foi o primeiro caso de comunicação direta com espíritos, noticiado pela imprensa mundial e testemunhado por jornalistas e estudiosos.
Na casa de uma família americana chamada Fox, que morava num vilarejo de nome Hydesville, no Estado de New York, começaram a manifestar-se forças sobrenaturais que pareciam vir do invisível.
Essa casa já apresentava estranhos ruídos nas paredes, batidos e barulho de passos, com indícios de serem provenientes de uma inteligência oculta desejando se comunicar, bem antes da família Fox se mudar para lá. Em 1844 o mesmo já tinha acontecido com o casal Bells e em 1846 com a família Weekman. Ambas essas famílias saíram dessa casa por conta desses fenômenos.
Inicialmente os Fox não sofreram nenhum incomodo em sua nova residência. Entretanto, algum tempo depois, mais precisamente nos dois primeiros meses de 1848, os mesmos ruídos insólitos que perturbaram os antigos inquilinos voltaram a manifestar-se outra vez. Eram batidas leves, sons semelhantes aos arranhões nas paredes, assoalhos e moveis, os quais poderiam perfeitamente ser confundidos com rumores naturais produzidos por vento, estalos do madeiramento, rato, etc. Por isso a família Fox não deveria ter-se sentido molestada ou alarmada. Entretanto, tais ruídos cresceram de intensidade, a partir de meados de marco de 1848. Batidas mais nítidas e sons de arrastar de moveis começaram a fazer-se ouvir, pondo as meninas em sobressalto, a ponto de negarem-se a dormir sozinhas no seu quarto, e passarem a querer dormir no quarto dos pais. A principio os habitantes da casa, ainda incrédulos quanto aa possível origem sobrenatural dos ruídos. levantavam-se e procuravam localizar a causas natural dos mesmos.
Na noite de 31 de marco de 1848, desencadeou-se uma série de sons muito fortes e continuados. Ai, então, deu-se o primeiro lance do fantástico episódio, que ficou como um marco inamovível na historia da fenomenologia paranormal. A garota de sete anos de idade - a Kate Fox - em sua espontaneidade de criança teve a audácia de desafiar a “forca invisível” a repetir, com os golpes, as palmas que ela batia com as mãos! A resposta foi imediata, a cada estalo um golpe era ouvido logo a seguir! Ali estava a prova de que a causa dos sons seria uma inteligência incorpórea.
Como em uma espécie de código onde uma pancada na parede significaria uma resposta afirmativa às perguntas feitas. Já duas pancadas, significariam uma negativa, além de outros sinais, que poderiam formar frases inteiras. Os curiosos acabaram por descobrir que aquela manifestação era o Espírito de uma pessoa que havia vivido, quando encarnado, na casa dos Fox. Seu nome fora Charles Rosma, e seus restos mortais, até então desaparecidos, estavam enterrados no porão do local. Esta descoberta fascinou muitas pessoas, despertando o interesse sobre o mundo espiritual.

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